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Arquitetos: NoArq
- Ano: 2015
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Fotografias:João Morgado
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Fabricantes: O/M Light - Osvaldo Matos, Robilac, Smeg
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma moradia unifamiliar. Um terreno com 1500 m2, na Trofa. Da rua do Carvalhinho, a norte, a topografia desce 2,4 m para a via confinante a sul, a EN104. A nascente, a cota de solo do confrontante eleva-se 2 m acima do terreno. Demolimos a antiga casa agrícola, à face da estrada, feita de muros de pedra mole e barro e com piso em terra batida. Um incômodo urbano. Mantivemos o poço quadrado em xisto, a velha árvore de fruto e a localização dos antigos acessos ao terreno, opostos frontalmente, a norte e sul.
As razões da geometria da proposta estavam dispostas - árvore e poço. Tentamos um “S”. Seguiu-se um “4”, falhamos. Emergiu um “H” que ocupa o centro do terreno. As “pernas” enlaçam a árvore, os “braços” envolvem poço. O “H” configura um pátio social a sul, abrigado das rasantes de luz poente e nascente, resguardado dos ventos predominantes de noroeste. A norte o pátio de entrada. A casa desenvolve-se num piso (como que) esculpido na terra. Um patamar elevado que dá acesso à cobertura ajardinada. Tem área bruta de construção de 377,38 m2.
O centro do volume (em H) acolhe as funções de maior frequência dos habitantes e atividade diárias: entradas, distribuição, serviço e refeições. A ala poente está reservada à concentração, ao descanso e aos serviços dependentes: banhos e lavandaria. A nascente, dois corpos ligados ao volume central desenvolvem-se em sentidos opostos (norte e sul), configuram o resto do “H” e são respetivamente: garagem e sala de estar. À garagem foi-lhe atribuída a situação mais desfavorável do lote relativamente à exposição solar. Os muros originais em xisto foram retomados, acrescentados e reconstituídos por imposição paisagística da rua do Carvalhinho.